Informações do Município
Alegrete é um município do Rio Grande do Sul. Localiza-se no oeste do estado, a 506 quilômetros de distância da capital Porto Alegre. Possui uma população de 78. 768 habitantes, de acordo com estimativas de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior município da Região Sul do Brasil em área territorial e o 186º maior município do Brasil também em área territorial, com mais de 7.800 quilômetros quadrados.
História
As origens do município de Alegrete datam do início do século XIX quando, na Conquista das Missões em 1801, os riograndenses (Gaúchos) conquistaram para a coroa portuguesa o território das missões jesuíticas ao norte do Ibicuí.
Para assegurar essa conquista o governo português criou, ao sul do mesmo rio, onde já havia um antigo Posto e Capela missioneiro uma Guarda militar portuguesa no Inhanduí em torno da qual forma-se a povoação (“Povoado dos Aparecidos”). A religiosidade reergueu uma capela sob o orago de Nossa Senhora Aparecida, em 1805.
Isso causou a transferência dos seus povoadores para a margem esquerda do Rio Ibirapuitã, que ali foram chegando até 22 de dezembro de 1816. Eles abrigaram-se junto ao acampamento militar do Quartel General do Capitão-General e Governador Luis Telles da Silva Caminha e Menezes o Marquês de Alegrete, que ao lado do general Joaquim Xavier Curado, do tenente-coronel José de Abreu (futuro Barão de Cerro Largo) e do general Tomás da Costa Rabelo Corrêa e Silva. Em 26 de dezembro de 1816 foi realizado o primeiro batismo católico romano no local do acampamento, da menina Zeferina pelo capelão da Legião do Exército, o Padre José de Freitas.
Em 27 de janeiro de 1817, o Comandante do Distrito de Entre Rios, o Tenente Coronel José de Abreu manda iniciar a construção das moradias para os fugitivos do Inhanduí. Quando José de Abreu recebeu as ordens do Marquês para erguimento da povoação, ele já havia determinado o local e iniciado realmente o povoamento, com a construção das primeiras habitações, ali, na retaguarda das tropas, nos fundos do acampamento do Ibirapuitã.
Antônio José Vargas, senhor da sesmaria, foi o doador das terras onde está a cidade. Mas D. Luís Teles da Silva Caminha e Meneses – quinto Marquês de Alegrete – na qualidade de Governador e comandante militar, foi o fundador legal de Alegrete, que dele tomou o nome, porque, por sua autoridade, foi estabelecida e legalmente reconhecida, já que era o representante de D. João VI, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Em 1820, é elevada à Capela Curada, com poderes eclesiásticos nos territórios que abrangem os atuais municípios de Uruguaiana, Quaraí, Livramento, Rosário do Sul e o atual Departamento de Artigas, na República Oriental do Uruguay , até o rio Arapey, vinculada a São Borja e por sua vez a Rio Pardo.
Mais tarde, pelo ponto estratégico do novo local, por onde escoavam os produtos primários em direção aos portos de Buenos Aires e Montevidéu, o lugarejo prosperou rapidamente e elevou-se a categoria de vila através do decreto provincial de 25 de outubro de 1831, demarcando assim seus limites e ganhando autonomia política.
Durante a Revolução Farroupilha, iniciada em 1835, Alegrete tornou-se a terceira capital da República Rio-Grandense (1842-1845), época em que o Rio Grande do Sul se separou das demais províncias do Império e criou um País denominado República Riograndense. Nela, em 1843, através de uma Assembleia Nacional Constituinte foi concluída e aprovada a Constituição da República Rio-Grandense, a primeira constituição republicana da América do Sul.
Entre batalhas e campanhas, por bravura, determinação e desenvolvimento, a vila de Alegrete foi elevada à categoria de cidade em 22 de janeiro de 1857.
No processo de criação dos municípios do Rio Grande do Sul, Alegrete ocupa o oitavo lugar, desmembrado do município de Cachoeira do Sul que, por sua vez, originou-se do município de Rio Pardo, em 1819. Do grande município de Alegrete surgiram os municípios de Uruguaiana, Livramento, Departamento de Artigas (no Uruguai), Quaraí, parte de Rosário do Sul, parte de Bagé e parte de Manoel Viana.
Todos os anos, dia 20 de setembro, comemora-se a Revolução Farroupilha ou o Dia do Gaúcho, e cerca de oito mil “cavalarianos” – de todas as idades, classes sociais e sexo – desfilam pelas principais ruas da cidade, com suas roupas típicas e suas montarias.
A padroeira da cidade festeja-se a 8 de dezembro (Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida).
Clima
O clima da região é subtropical, temperado quente, com chuvas bem distribuídas e estações bem definidas (Cfa na classificação de Köppen). A média de precipitação pluviométrica é de aproximadamente 1500 mm anuais. A menor média de precipitação acontece em agosto e a maior em outubro.
A temperatura média anual é de 19,1 °C. A temperatura mínima observada entre 1961 e 1990 pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) foi de -4,1 °C em junho de 1971 e a máxima de 39,8 °C em dezembro de 1968. Porém a máxima absoluta foi de 42,6 °C em 19 de de Janeiro de 1917. A formação de geadas ocorrem eventualmente entre maio e setembro. A umidade relativa média do ar é de aproximadamente 75%.
Economia
Sua economia é baseada principalmente na agricultura (arroz – 45.000 ha; soja – 16.000 ha; milho – 11.000 ha; sorgo – 3.000 ha e trigo – 1.500 ha) e na pecuária bovina (536.536 cabeças – o maior rebanho do Estado); ovina (423.446 cabeças); equina (± 20.000 cabeças); suína (± 9.000 cabeças) e bubalina (± 2.000 cabeças). A produção de lã é de cerca de 900 toneladas anuais e de leite é de 15.269 litros.
Há também cerca de 90.000 galináceos (sendo ± 40.000 galinhas) com uma produção anual de ± 450.000 dúzias de ovos.
A apicultura produz anualmente cerca de oitenta mil litros de mel.
- Energia elétrica:
- Consumidores: 23.248
- Consumo: 16 MW
- Pontos de iluminação pública: 95% da Cidade
- Água e esgoto:
- Total de economias: 29.994
- Total de ligações de água: 24.841
Os bens produzidos na cidade são transportados pricipalmente por caminhões, uma vez que os trens praticamente não circulam mais na cidade.
Prefeitos
- 1925 – Osvaldo Aranha (PRR)
- 1956 – Waldemar Borges (PTB)
- 1968 – Arnaldo da Costa Paz (MDB)
- 1973 – Adão Ortiz Houayek (MDB)
- 1977 – José Rubens Pillar (ARENA)
- 1982 – Ernani Mota Antunes (PDS)
- 1983 – Adão Conceição Dornelles Faraco (PMDB)
- 1987 – Nilo Soares Gonçalves (PMDB)
- 1989 – José Rubens Pillar (PDS)
- 1993 – Nilo Soares Gonçalves (PMDB) com 22.621 votos
- 1997 – José Carlos de Moura Jardim Filho (PPB) com 17.907 votos
- 2001 – José Rubens Pillar (PPB) eleito com 16.255 votos
- 2005 – José Rubens Pillar (PP) eleito com 16.574 votos – Falecido em 18 de agosto de 2008.
- 2008 – João Nicanor Prestes Sobrosa (PP)
- 2009 – Erasmo Guterres Silva (PMDB) com 16.176 votos
- 2013 – Erasmo Guterres Silva (PMDB) com 23.075 votos
- 2017 – Cleni Paz da Silva (PP) com 22.073 votos – Falecida em 23 de dezembro de 2018.
- 2018 – Márcio Fonseca do Amaral (MDB)
Fonte: Wikipédia